Depois do video do elevador dos Arcade Fire (que já publiquei à uns meses neste blogue), acho mesmo que vale a pena ver este dos Beirut. Mesmo para quem não goste da música deles. O realizador, claro, é o mesmo do elevador.

O meu irmão Gonçalo chamou-me à uns meses a atenção para um video muito engraçado dos "Bat for Lashes". Na altura não tive tempo para o colocar por aqui, mas desta vez, aqui vai...

Há dias recebi um SMS da TMN que me alertava para o facto de poder aceder a uma das suas novas campanhas criadas para os seus assinantes. "Fale tudo o que quiser, durante 24h e pague apenas 1 euro". Eh lá! Isto sim, é o que se chama uma campanha. Então eu pago apenas 1 euro e posso falar durante 24h, à vontadex? Sem pagar nem mais um centavo? Fantástico! Desta vez é que vou "escarrapachar" na cara dos meus amigos assinantes de outras companhias de telemóveis, aquilo que se chama de "mimar" os clientes. E ainda dizem que a Vodafone e a Optimus é que são boas... Ah, ah, ah... Claro que enviei logo alguns SMS e liguei logo a mil e um amigos (TMN), para falar sem preocupações. Não passaram mais do algumas 10h a falar ao telemóvel e qual foi o meu espanto ao ser alertado de que o meu saldo estava abaixo dos 5 euros. Mau! Mas qual é o senão, desta vez. Voltei a ler o SMS que a TMN me enviou e... Eh lá! Umas linhas abaixo eis uma chamada de atenção interessante e entre parêntesis: 5 horas no máximo. 5 horas? Mas então...  que é que isto significa? Que posso falar 5 horas a 1 euro ou que posso falar 5 horas em cada 24h do dia, a 1 euro? Ou que 1 euro em cada 24h me dá para 5 horas de borla, sendo que as restantes 19h são exactamente ao mesmo preço que anteriormente? Rapaziada criativa da TMN, posso dar-vos um conselho? E que tal: fale 5 horas por dia, a 1 euro? Não seria mais indicado e mais honesto? Há com cada uma neste país.... 

É lugar comum, quando as pessoas não têm, mesmo, mais nada que fazer, ou quando a vida não lhes corre tão bem, atalharem caminho e procurar o facilitismo, criticando os outros. Vocês não fazem ideia de quantas pessoas nos abordam na rua ou que utilizam os nossos blogues, sites e e-mails, apenas para nos criticarem (nós, os supostos artistas). Pessoas infelizes, que se julgam júris de um mundo que não age em conformidade com aquilo que eles acham correcto. Tenho até direito a uma frase na cidade das Caldas da Rainha, que diz o seguinte: "Gomo, o pseudo-intelectual da música. Onda de merda". Tenho, inclusivé, um "analista" da minha vida e carreira, que vezes sem conta, ao encontrar-me no Clinic, em Alcobaça, passa todos os segundos, desde que ali entra, a julgar a minha forma de estar e de agir. É impressionante até que ponto a paciência de uma pessoa pode ir, mas acreditem ou não, sou capaz de estar 5 horas seguidas a ouvir coisas que nem vos passa pela cabeça. Mas este é o peso da pouca (ou da muita) fama, que possamos ter um dia, e por isso acabamos por nos habituar a ela e a viver com ela, cada um à sua maneira, como já diziam os Xutos. Eu encontrei um segredo que me ajuda bastante a suportar tudo isto. Vem dos tempos em que tinha seis anos. Os meus colegas, todos maiores que eu, tratavam-me por "narigudo", "magricela", "trica-espinhas", etc, etc, mas só quando eu lhes ganhava ao berlinde, no futebol ou apenas porque uma menina de que alguém gostava, sorria mais para mim, do que para ele. Senão, eramos todos amigos. Muitas vezes até levava uns "sopapos" valentes na cara, mas só lhes respondia... Mahna Mahna! E ainda hoje é a única resposta que me ocorre quando me chamam nomes ou me criticam de falta de humildade. Mas o que quer dizer Mahna, Mahna? A resposta está no final deste vídeo. Se existe uma música, sem fim, de que gostava de ser o autor, esta é a música. Dedico-a a todos os críticos de algibeira.